quarta-feira, maio 06, 2009

Sociedades Chinesa e Andina (origens).

1.Evolução sociocultural do território Chinês.
* China: (chefatura) Dinastia Shang, o período é caracterizado por uma grande produção de artefatos de bronze, e pelo aparecimento dos primeiros estados. As culturas da idade do bronze mais antigas estão no vale do rio Amarelo, como a cultura ou Dinastia Shang (1700-1100 a.C). Essa dinastia foi a primeira a apresentar um sistema de escrita bem desenvolvido, possuía também uma cultura homogenia muito grande, sendo que a mitologia contribuiu imensamente para a formação ideológica da dinastia Shang, à qual, constitui atualmente a cultura típica chinesa (artes, ideologia, escrita...). O surgimento de uma chefatura começa pelo cunho ideológico (religião), passando pelo desenvolvimento militar e chegando conseqüentemente ao Poder Estatal.
As implicações sociais da agricultura na China.
Houve uma intensa diversificação nas praticas de subsistência durante o Neolítico final, tanto no norte como no sul da China. Os agricultores neolíticos devem, deliberadamente, ter introduzido novas espécies de plantas e animais domesticados em seu repertório, buscando reduzir os riscos de uma agricultura pouco variada. Outros dados recentes sugerem que a mudança tecnológica não foi um fator significativo para o desenvolvimento de sociedades mais complexas na China, já que as ferramentas agrícolas são semelhantes entre o período Neolítico e a idade do Bronze e sistemas de controle extensivos da água só surgiam bem mais tarde (Dinastia Han, no inicio da era cristã). É mais provável que fatores religiosos e sociais tenham motivado as populações a intensificar a produção agrícola o que, por conseguinte, teve um papel causal importante no desenvolvimento das sociedades complexas.
  
2. A domesticação de plantas e o surgimento de civilizações na costa andina.
Em principio a abundância, facilidade de captura e confiabilidade na fauna marinha sustentaram povoados sedentários suficientemente numerosos para construir os maiores monumentos do hemisfério sul durante o terceiro milênio a.C. A produtividade agrícola dos vales podia ser aumentada por meio da construção de canais de regadio cada vez mais extensos e da seleção de variedades de milho que permitiam três colheitas anuais. O clima seco minimizou o risco de perdas causadas por pragas, permitindo plantações amplas de um só cultígeno. Os excedentes podiam ser armazenados para o consumo futuro ou distribuídos a membros não-produtores da comunidade. Na costa peruana, a domesticação do milho, feijões e cabaças forneceu uma dieta balanceada, reduzindo a dependência de proteínas obtidas a partir de animais marinhos.
Formação da área (povo) Sul-americana.
Civilização Mochica: expansão sobre a extensão mais ampla da costa, com o objetivo de conquistar os vales dos rios e ampliar a sua economia; estabelecia um amplo sistema de irrigação (ao longo dos rios). Não há evidência que tenha sido um estado formal, pois indícios nos levam a acreditar que se tratava de uma chefatura.
Depois da civilização Mochica, surgiram 2 novas sociedades: Tiahuanacas, tiveram um processo de intensa militarização e expansão de seus territórios, suas economias sofreram uma integração,( a costeira baseada na pesca com a economia baseada no altiplano).
Os Huari tiveram sua origem no altiplano, construíram um império “em cima” das civilizações costeiras que enfrentavam forte crise. Com o declínio dos Tiahuanacas, surge os Incas (Quéchua), pequeno grupo étnico que vai substituir os antigos donos da área. Possuíam uma organização voltada para a economia, uma ampla área de redistribuição de seus recursos; existia também uma forte burocracia, os funcionários públicos faziam com que toda essa estrutura realmente funcionasse.
3. As sociedades indígenas e seus níveis de estruturação.
As terras baixas amazônicas incluem duas sub-regiões diferentes: (1) a várzea ou planície de inundação do rio Amazonas e seus tributários, com águas claras e (2) a terra firme ou terrenos não sujeitos a inundação ou então inundados por rios de águas claras ou negras. Estas regiões diferem em tamanho, estacionalidade para a exploração humana intensiva.
A várzea e a terra firme apresentam desafios diferentes à exploração humana. Na várzea os principais problemas são: (1) minimizar o impacto da alternância anual entre a abundância durante o período de vazante e a escassez durante o período de cheias e (2) compensar as pouco freqüentes, mas devastadoras perdas resultantes das variações do ritmo, na escala e na duração das inundações. Na terra firme, o problema é maximizar a produtividade dos recursos dispersos e facilmente esgotáveis, dentro das restrições edáficas e climáticas.
A população da várzea do baixo e médio amazonas foi eliminada pouco depois do contato com os europeus e a evidência arqueológica não apóia a existência de comunidades sedentárias densas, com organização social hierárquica. A idéia de que grupos pré-históricos da terra firme substituíram os habitantes da várzea também não tem confirmação. As comunidades autônomas estão interrrelacionadas por amplas redes de troca, caracterizadas pelo intercâmbio de mercadorias que envolvem matérias-primas disponíveis localmente. Aquele que recebe pode estar obrigado a aceitar qualquer item que lhe seja oferecido e a reciprocidade pode ser demorada. Estas redes atravessam comunidades cujas relações são normalmente hostis, expondo o negociante a um perigo mortal. Por tudo isto, podemos concluir que: não poderia haver um grupo capaz de ter alcançado um nível tal de organização e/ou estruturação sóciopolítico em território brasileiro, pois as condições aqui encontradas (geográficas) pelos povos indígenas limitava-os a uma organização menos complexa das que comparadas com outras civilizações do continente Americano.  

Ramos, Edu. Texto PROVA de

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