terça-feira, maio 12, 2009

O Vestuário na Grécia Antiga.

O vestuário grego compunha-se apenas de pedaços de pano, que cada pessoa enrolava ao redor do próprio corpo conforme a sua vontade. A principal característica do vestuário grego é que as vestes são soltas, não tem forma própria.
Nessas condições, os arranjos do drapejamento variavam no infinito, conforme o gosto individual, a moda do momento ou a qualidade dos tecidos empregados antes das guerras médicas pelos atenienses, seguiam a moda Jônica. Preferindo o linho, às fazendas leves e transparentes, recobertas com bordados e as vestes longas, com muitas pregas unidas. Depois das guerras médicas, passaram a adotar à moda dos Dórios, os panos de lã, mais espessos cuja trama era bem unida, e vestes mais curtas e amplamente pregueadas.
As duas peças principais do vestuário, tanto para homens como para as mulheres, eram a túnica (chitón) ou o Peplo (peplos) e o manto (himátion). A túnica (quiton), usada como roupa de baixo, era um pedaço de pano pregueado no sentido longitudinal, de tal forma que um dos lados podia ficar aberto ou fechado, preso com alfinetes (perónoi), no alto, alguns alfinetes juntavam as duas pontas e marcavam nos ombros as aberturas para a cabeça e os braços, um cinto (zóne) apertava a túnica na cintura.
Os homens usavam a túnica curta (chitonískos) fechada apenas no lado esquerdo para dar maior liberdade ao braço direito. As mulheres vestiam-se com uma túnica longa e as vezes, debaixo dela, ainda usavam uma outra túnica mais leve (chitónion) que correspondia à nossa atual combinação (camisa de baixo).
Em casa não se usava manto, o himátio era um grande manto que se atirava por cima da túnica, ao sair à rua, drapejado livremente em volta do corpo. A clâmide (chlamys) tinha a mesma disposição, mas era mais curta: era a capa dos cavaleiros e em geral dos efelos atenienses. A clânide (chlanés) era um manto apropriado para o verão, de fazenda mais leve. De Esparta, chegou a moda do Tríbon, uma espécie de capa grosseira mais curta que o himátio, adotada pelos filósofos.
Normalmente as pessoas saiam de casa com a cabeça descoberta, em caso de mau tempo a cabeça era coberta com um chapéu de feltro, de forma cônica (pilos) ou com um boné de couro (kinê), em dias de sol muito forte a cabeça era protegida por um chapéu de palhas de abas largas (pétasos). As mulheres usavam penteados complicados, presos por um diadema e faixas de pano. Algumas usavam perucas e tingiam o cabelo com a cor da moda (louro claro).
Protegiam-se do sol com sombrinhas (skiádeion) e raramente saiam de casa sem um leque (rhipés, myosóbe); até fora de casa, os gregos estavam habituados a andarem descalços. O calçado comum era a sandália (krepés), simples palmilha de sola presa por correias. Nas viagens era comum usar botinas de cano alto, presas com cordões (kóthornos). As mulheres usavam uma espécie de chinelas muito elegantes e com vários formatos, cujo consumo era suficientemente grande para sustentar a arte dos sapateiros.
As mulheres gostavam de enfeitar-se com jóias, brincos, colares, anéis, pulseiras, argolas para as pernas...O luxo teve tal progresso que foi preciso exigir moderação por meio de uma legislação adequada (leis suntuarias). Em muitas cidades, havia até magistrados especiais (gynaikonómoi) encarregados de fiscalizar o vestuário e comportamento das mulheres. 

Ramos, Edu. Texto de

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