quarta-feira, abril 29, 2009

O Homem e o Meio em que vive.

Partindo de uma visão holística, passamos a compreender a necessidade de construirmos uma nova concepção de humanidade. Uma nova maneira de enxergamos este meio em que vivemos e onde atuamos, uma vez que necessitamos dele para sobreviver.
De acordo com Fritiof Capra: “reconectar-se com a teia da vida significa construir, nutrir e educar comunidades sustentáveis, nas quais podemos satisfazer nossas aspirações e nossas necessidades sem diminuir as chances das gerações futuras”. Concordo com este, desde que essa educação seja, realmente, a chave para construirmos uma geração que respeite o meio ambiente e consequentemente a vida.
Vida, esta, que a partir da Revolução Industrial, e com o conseqüente desenvolvimento do capitalismo, sofreu uma série de mudanças que colocou o homem e o seu bem-estar em segundo plano. É verdade que essa dominação já vinha ocorrendo há muito tempo, mas é verdade, também, que oficialmente, o bem estar dos homens e da natureza foi, pouco a pouco, deixando de existir para, nesse período, dar lugar a um meio ambiente transformado, modificado, produzido pela sociedade moderna cujo único objetivo era o da exploração. Nesse momento, tanto o homem quanto a natureza passou a ser controlado e explorado oficialmente pelo capital mundial.
Pode-se dizer, então, que o homem deixa de viver em harmonia com a natureza e passa a dominá-la. Contudo, esse domínio da tecnologia moderna sobre o natural trouxe não só benefícios, mas, principalmente, conseqüências negativas para a qualidade de vida em seu ambiente. O homem, afinal, também é parte da natureza e depende dela para sobreviver, e acaba sendo prejudicado por muitas dessas transformações, já que elas nem sempre se devem a necessidades sociais da humanidade e sim, em grande parte, a interesses particulares de grupos e classes dominantes.
Como podemos perceber, os problemas em que estamos mergulhados dizem respeito à forma com que encaramos nossas responsabilidades. A maneira com que resolvemos essas questões ambientais deve, mais do que nunca, ser reavaliada, pois estamos à frente das dificuldades geradas por nós mesmos, uma vez que, as formas das estruturas econômicas e das estruturas mentais dos grupos humanos que habitam os diferentes espaços geográficos são também partes integrantes deste sistema.
Para que haja desenvolvimento, em toda parte do globo, é preciso que sucessivas mudanças na área social sejam realizadas, pois não há, neste momento, como uma nação desenvolver-se equilibradamente com o meio ambiente, (principalmente nos países em desenvolvimento).
O subdesenvolvimento, ao qual estamos ligados, representa um tipo de poluição humana localizada em alguns setores abusivamente explorados pelas grandes potências industriais do mundo. O subdesenvolvimento não é como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. Como todos sabem, este subdesenvolvimento é um produto ou subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica que é exercida nesses países por parte das superpotências que dominam o planeta. 
É indiscutível que a forma de desenvolvimento atual é um total fracasso, mas é indiscutível também que se pode chegar a desenvolver um mundo com estruturas sócio-econômicas e instrumentos de produção diferentes dos que se usam atualmente. É imprescindível retransformar a economia de guerra em que vivemos numa economia de paz, voltada para a obtenção de um tipo de desenvolvimento pacifico, mais igualitário e não poluidor. É necessário, portanto, repensar o nosso modo de vida, o consumismo, a produção voltada unicamente para o lucro e sem nenhuma preocupação com o planeta em que vivemos.   


Ramos, Edu. Texto de 

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