Este texto nos apresenta algumas contradições existentes entre o Norte
e o Sul dos Estados Unidos da América. Contradições porque apesar de sabermos
que a região Norte dos Estados Unidos era de fato um local próspero (território
em franca expansão industrial e que contava ainda com uma classe média pujante
e com inúmeros braços de imigrantes, que não paravam de chegar a costa leste)
via enfraquecida diante da força política emanada dos homens do Sul. Tal contraste era visível no congresso americano onde as leis
favoráveis aos fazendeiros escravocratas do Sul eram aprovadas em detrimento
dos interesses do Norte que desejavam ver os territórios do Oeste como novas
praças que atendessem seus interesses comerciais e não que se acentuasse a
expansão da política e dos interesses escravistas nessa nova região, à pouco
tempo anexada ao país. O que podemos observar então é uma constante disputa política e
econômica entre essas regiões que possuíam interesses em difundir suas
doutrinas sob as novas terras do Oeste. A Guerra se fez inevitável quando
Abraham Lincoln venceu as eleições e tornou-se presidente americano, isto
porque, os sulistas o viam como abolicionista e os do norte o viam como
conservador na medida em que não defendia abertamente suas convicções sobre a crise
instaurada no país. Entretanto, Lincoln deixou claro que não iria aceitar que o país se
dividisse mesmo que para isso a guerra fosse a única alternativa. Cumprindo com
o que afirmou diante de seus compatriotas (mais tarde, mesmo a guerra sendo
decidida a favor do Norte) o presidente propôs a emancipação dos escravos de
modo lento, gradual e indenizado, onde o governo se comprometeu em pagar a
quantia equivalente ao valor de cada negro. Dessa forma, com o fim da guerra, o presidente assegurou a união do
país dando início ao processo de consolidação de sua força política e econômica
dentro e fora de seu território.
Paulo E. Ramos.
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