sábado, dezembro 22, 2012

O Novo Imperialismo.

Como se sabe, após o fim da segunda grande guerra surgiu duas potências mundiais: EUA e União Soviética. Ambas tentando impor sua influência sobre os demais países do mundo. Os EUA surgiu com a proposta capitalista liberal e o uso da indústria bélica para influenciar questões políticas e econômicas ao redor do mundo. Já os Soviéticos propagavam um regime que se estruturava no socialismo entre os países membros. O fato de haver mísseis nucleares em ambos os lados fez com que a população reagisse contra a proliferação dessas armas, porém o governo americano resolveu inovar com o uso de lasers para combater possíveis ataques inimigos contra seu território. O episódio ficou conhecido como “guerra nas estrelas”. Isto só fez aumentar a rivalidade entre as duas potências, pois os soviéticos nada mais viram nessa atitude do que uma imensa provocação. Mas se de um lado as questões bélicas e o medo de uma guerra iminente tomavam conta da população mundial, de outro os “tentáculos” americanos voltaram-se para os países ditos de terceiro mundo, pois era ali que treinavam constantemente sua influência. Geralmente, para depor um possível “presidente tirano”, que não estivesse cooperando com seus interesses. Como se já não bastasse as forças militares locais que já operavam essas manobras ensinadas, armadas e orientadas pelos americanos. No plano econômico o argumento de que o Estado Nacional perdera sua importância no contexto da globalização apoiava-se na idéia de que as multinacionais sediadas nos Estados Unidos dependiam cada vez mais do poder econômico e militar do Estado Americano. Isso tudo, para garantir-lhes condições favoráveis  em mercados desimpedidos. Todavia, o Imperialismo estadunidense não se fez presente, unicamente, em ações diretas, ou seja: organismos criados com a finalidade de cooperar com os países, como o FMI e o Banco Mundial, eram usados para forçar os países a aceitarem programas de ajustamento estrutural em troca de alivio de suas dívidas. Contudo, a maior perda dos americanos foi justamente no campo de ação que iria os aterrorizar até os dias de hoje. A perda de territórios e de influência sobre o Irã, Afeganistão e o Talibã. Regiões e regimes fundamentalistas outrora estruturados com a ajuda americana, mas que nos dias de hoje tornaram-se tão inimigos como a União Soviética foi um dia.

Paulo E. Ramos.

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