Como se sabe, após o fim da segunda grande guerra surgiu duas
potências mundiais: EUA e União Soviética. Ambas tentando impor sua influência
sobre os demais países do mundo. Os EUA surgiu com a proposta capitalista
liberal e o uso da indústria bélica para influenciar questões políticas e
econômicas ao redor do mundo. Já os Soviéticos propagavam um regime que se
estruturava no socialismo entre os países membros. O fato de haver mísseis nucleares em ambos os lados fez com que a
população reagisse contra a proliferação dessas armas, porém o governo
americano resolveu inovar com o uso de lasers para combater possíveis ataques
inimigos contra seu território. O episódio ficou conhecido como “guerra nas
estrelas”. Isto só fez aumentar a rivalidade entre as duas potências, pois os
soviéticos nada mais viram nessa atitude do que uma imensa provocação. Mas se
de um lado as questões bélicas e o medo de uma guerra iminente tomavam conta da
população mundial, de outro os “tentáculos” americanos voltaram-se para os
países ditos de terceiro mundo, pois era ali que treinavam constantemente sua
influência. Geralmente, para depor um possível “presidente tirano”, que não
estivesse cooperando com seus interesses. Como se já não bastasse as forças
militares locais que já operavam essas manobras ensinadas, armadas e orientadas
pelos americanos. No plano econômico o argumento de que o Estado Nacional perdera sua
importância no contexto da globalização apoiava-se na idéia de que as
multinacionais sediadas nos Estados Unidos dependiam cada vez mais do poder
econômico e militar do Estado Americano. Isso tudo, para garantir-lhes
condições favoráveis em mercados
desimpedidos. Todavia, o Imperialismo estadunidense não se fez presente, unicamente,
em ações diretas, ou seja: organismos criados com a finalidade de cooperar com
os países, como o FMI e o Banco Mundial, eram usados para forçar os países a
aceitarem programas de ajustamento estrutural em troca de alivio de suas
dívidas. Contudo, a maior perda dos americanos foi justamente no campo de ação
que iria os aterrorizar até os dias de hoje. A perda de territórios e de
influência sobre o Irã, Afeganistão e o Talibã. Regiões e regimes
fundamentalistas outrora estruturados com a ajuda americana, mas que nos dias
de hoje tornaram-se tão inimigos como a União Soviética foi um dia.
Paulo E. Ramos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário