De modo geral podemos dizer que os EUA viveu, durante boa parte do
século XIX, única e exclusivamente para organizar seus domínios, talvez
antevendo o que viria a seguir. No entanto, durante esse longo período os
americanos se mantiveram afastados de qualquer polêmica externa, mas sem deixar
de acompanhar os acontecimentos mundiais, isto porque, acreditavam ser os
defensores dos ideais republicanos. Obviamente, ficar de fora ou não participar do que acontecia ao seu
redor, nem sempre era possível já que o velho atrito com os britânicos ainda
estava presente. Outro fator que propiciou a prática imperialista
norte-americana foi o desejo de expandir seu comércio no extremo oriente. Como sabemos tal empreitada não seria possível somente com acordos
comerciais, era preciso também ter força bélica, pois nenhuma potência européia
iria querer ceder terreno a um rival que há pouco surgira para o mundo. Para
muitos, a existência de uma elite bélica e imperialista, formada pela alta
classe, geralmente da costa leste, fomentou o surgimento de uma política
voltada ao armamento do país. Alguns, inclusive, afirmavam que somente através da guerra os
americanos iriam se unir, promovendo virtudes cívicas entre os homens. Cuba foi
um dos primeiros locais a sentir a influência estadunidense. Em seguida,
algumas colônias espanholas se viram em condições iguais; o que originou uma
guerra entre americanos e espanhóis. Com a vitória sobre os espanhóis e a
crescente política expansionista, logo viriam a exercer controle sobre
territórios além do continente americano. Talvez o exemplo mais claro dessa disseminação do poder americano
esteja na Emenda Platt. Lei que transformou o território cubano em uma espécie
de protetorado dos Estados Unidos. Com o propósito de levar a “organização política”
os americanos exerceram seu controle “civilizador” sobre mais de seis países do
continente. Acreditavam levar esclarecimento, muito embora pudessem usar a
força se necessário. Segundo alguns historiadores o desenvolvimento não veio ao acaso.
Estes, afirmam que a economia estadunidense atingiu um nível que já não poderia
se sustentar apenas com o seu mercado interno, era preciso buscar novas praças
para os seus produtos. Naturalmente, tal necessidade veio de encontro com o
desejo imperialista de boa parte dos americanos, talvez um sentimento herdado
de seus antepassados britânicos, já que em muitos casos sua política se
assemelhava com aquela realizada pelos antigos colonizadores de seu território.
Paulo E. Ramos.
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