Com o fim da segunda guerra mundial o cenário outrora favorável aos
europeus, mudou radicalmente. Com a posse da maioria do capital de
investimento, produção e exportação os EUA passou a controlar mais da metade do
comercio mundial. Com tanto poder nas mãos, os americanos se voltaram para ações
políticas ao redor do planeta, abandonando ou agindo com menor ênfase nas
questões sociais do próprio país. A obsessão contra o comunismo fez com que
deixassem de lado a antiga proposta do “New Deal”. Tais ações tiveram impacto
muito grande nas organizações sindicais do país, mesmo assim, o avanço
econômico prosperava na cena internacional. A ONU, teoricamente criada para servir de intermediaria nas questões
de conflitos internacionais, mostrou-se estar em sintonia, apenas, com os
interesses estadunidenses. Obviamente, que todos esses acontecimentos não
surgiram ao acaso, tão pouco, caiu dos céus em forma de presente para os
americanos; o fato é que muito antes do término da segunda guerra, as coisas já
estavam alinhadas a tomar esse rumo. O objetivo, então era consolidar e conquistar novos mercados, ou seja:
expandir as oportunidades de negócios por meio de investimentos estrangeiros. Deve-se
dizer que este mercado tão forte era estimulado pela rivalidade entre Estados
Unidos e União Soviética. Capitalismo versus socialismo. Uma relação baseada no
medo mútuo, onde a corrida armamentista era grande, de ambos os lados. Porém, os americanos souberam tirar melhor proveito, fazendo dessa
indústria bélica o seu carro chefe nas exportações do país. Isso só foi
possível porque na maioria das vezes os americanos testaram seu arsenal em
guerras ao redor do planeta o transformando em um grande campo de treinamento.
Para tanto, era preciso incitar o mundo contra uma possível ameaça comunista.
Portanto, se aliar aos capitalistas norte-americanos era a opção mais correta a
se fazer mesmo que isso representasse sucumbir aos interesses comerciais e
políticos dos EUA. Com isso, teve início na América Latina os golpes de Estado,
responsáveis pelo princípio de uma série de ditaduras militares. Algo que
culminou com o fim da liberdade de expressão e na total submissão econômica desses
países latinos frente à potência americana.
Paulo E. Ramos.
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